Atletismo

Feminino e Masculino até 19 anos

 

Esporte que melhor retrata o lema olímpico, Citius, Altius, Fortius (“o mais rápido, o mais alto, o mais forte”, na tradução do latim), o Atletismo marca presença desde a primeira edição dos Jogos da Antiguidade, em 776 a.C. Naquele ano, Corebus de Elis se tornaria o primeiro campeão olímpico ao vencer uma prova chamada Stadium, uma corrida em um percurso de 192 metros.

Posteriormente a Grécia Antiga viu o surgimento de muitas outras provas de corrida, saltos e lançamentos. Uma competição que também fazia sucesso era o pentatlo – que reunia, além do Stadium, salto em distância, lançamento de disco, lançamento de dardo e luta. Séculos depois, feiras e festivais por toda a Europa tinham como atração eventos para premiar o competidor mais completo.

Diante de tanta tradição e popularidade, não foi surpresa ver o Atletismo ocupar lugar de destaque na programação dos primeiros Jogos da Era Moderna, em 1896. Foram 12 medalhas em disputa em Atenas, todas em competições para homens. As mulheres começaram a participar na edição de 1928, em Amsterdã, na Holanda, e atualmente possuem um programa de disputa quase igual ao masculino.

Poucos anos antes de o programa olímpico do Atletismo incluir eventos femininos, em 1912, 17 países criaram a entidade que hoje é a Federação Internacional de Atletismo (IAAF, em inglês), para padronizar regras, critérios e recordes mundiais.

O esporte está dividido entre provas de pista, de rua, de campo e as combinadas. As primeiras incluem diferentes tipos de corrida: rasas (de 100, 200, 400, 800, 1.500, 5.000 e 10.000 metros), revezamentos (4x100m e 4x400m), com barreiras (110m para homens, 100m para mulheres e 400m para homens e mulheres) e com obstáculos (3.000m). As provas de rua são a maratona (aproximadamente 43 quilômetros, ou 42,195 km) e a marcha atlética (20 e 50 km, sendo esta última somente para homens). Os vencedores são aqueles que terminarem o percurso em primeiro lugar.

Já as provas de campo incluem eventos como os saltos em distância e triplo, em altura e com vara, as provas de arremesso de peso e lançamento do martelo, dardo e disco. Nelas, o atleta com melhor desempenho em relação aos demais concorrentes fica com a medalha de ouro.

Por sua vez, as provas combinadas medem a versatilidade dos atletas, e são disputadas em dois dias consecutivos. Para os homens há o decatlo, com dez eventos: 100 metros rasos, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura, 400m rasos, 110m com barreiras, lançamento do disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1.500m rasos. As mulheres realizam sete provas, no chamado heptatlo: 100m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200m rasos, salto em distância, lançamento de dardo e 800m rasos.

No Atletismo, os eventos começam com a disputa de eliminatórias. Os melhores competidores ou equipes avançam até a final, que vale medalha. O sistema é diferente nas provas combinadas: o desempenho de cada atleta vale pontos, e a soma deles ao longo dos dois dias de competição é que define o pódio.

Basquetebol

Feminino e Masculino até 19 anos

 

Uma alternativa à prática esportiva durante o inverno. Foi a partir deste pedido que o Basquete nasceu, em 1891, no estado americano de Massachussets, de uma ideia do professor canadense James Naismith, que precisava criar um jogo indoor para manter seus alunos em forma enquanto não pudesse fazer atividades ao ar livre.

Com um conceito de 13 regras – algumas delas em vigor até hoje, como a de não correr com a bola nas mãos – e a ideia de acertar um alvo, a disciplina surgiu. Naismith inicialmente pensou em colocar uma cesta no chão, mas concluiu que seria muito mais desafiador alcançar um objetivo acima da altura dos demais jogadores, sem chance de defesa.

Nas primeiras partidas do novo jogo, os alvos eram cestas (baskets) de pêssego, de aproximadamente 45 centímetros cada, que ficavam alçadas com pregos a 3m05 do chão. E o esporte ganhou o nome de Basketball (“bola ao cesto”) – no português, Basquete. No início, as bolas arremessadas ficavam presas, e só algum tempo depois que alguém teve a ideia de cortar o fundo dos cestos para que a bola caísse.

Sete anos depois do surgimento do esporte, os americanos já organizavam sua primeira liga profissional, com seis equipes. Nos Jogos Olímpicos de 1904, em Saint Louis, também nos Estados Unidos, os melhores jogadores do país formaram uma seleção nacional e fizeram uma demonstração do esporte. Em 1906, os cestos deram lugar a redes de metal.

Entretanto, para que o Basquete pudesse fazer parte do programa olímpico, era necessária uma entidade para zelar pela disciplina. Depois de ter sido convidada a fazer parte da federação internacional de Atletismo, e de ser chancelada pela de Handebol por algum tempo, o Basquete viu a FIBA nascer em 1932, contando com a adesão de países como Itália, Argentina e até a Letônia – o que comprova a popularidade ao redor do planeta.

A entrada oficial nos Jogos foi na edição de 1936, em Berlim, mas os participantes acabaram prejudicados por ter de disputar as partidas nas mesmas quadras do tênis, de saibro. A entrada do evento feminino se deu em 1972, na cidade de Munique. Em 1992, a seleção americana de basquete foi formada pela primeira vez por jogadores da NBA, a liga mais forte do mundo, dando ao torneio olímpico a oportunidade de reunir os melhores.

O Basquete é jogado por equipes de cinco jogadores cada, em partidas divididas em quatro quartos de dez minutos – o relógio para quando a bola sai da quadra, ou em cada pedido de tempo, de um minuto cada. Cada equipe tem 24 segundos de posse de bola, e tem de arremessa-la em direção à cesta antes deste tempo. Os jogadores podem dar apenas dois passos segurando a bola nas mãos, e só podem andar com ela se a quicarem.

A equipe vencedora é aquela que marcar mais pontos no tempo regulamentar. Como o jogo não pode terminar empatado, são disputadas quantas prorrogações forem necessárias, de cinco minutos cada.

A pontuação é feita em arremessos de pequena, média e longa distância. Para pequena e média distância são contabilizados dois pontos, enquanto a bola arremessada de trás de uma linha arqueada, a 6,25m da cesta, vale três. Cada arremesso de lance livre vale um ponto.

O torneio olímpico de Basquete, tanto no masculino como no feminino, começa com uma fase de grupos, na qual os 12 países de cada disputa são divididos em dois grupos de seis, no qual todos se enfrentam. Os quatro melhores de cada chave avançam à etapa seguinte, que é eliminatória, e os dois que sobrarem de cada lado disputam o ouro. Os perdedores das semifinais brigam pelo bronze.

Damas

Misto até 19 anos

 

O jogo de damas pratica-se entre dois jogadores.

O jogo é montado em um tabuleiro quadrado, de 64 (no caso a versão do Brasil e de Portugal) ou 100 (versão mundialmente mais conhecida) casas alternadamente claras e escuras, dispondo de 12 (versão brasileira e portuguesa) ou 20 (versão mundial) peças brancas e pretas.

O objetivo é capturar ou imobilizar as peças do adversário. O jogador que o conseguir cercar ou capturar o inimigo ganha a partida.

O tabuleiro deve ser colocado de modo que a casa angular à esquerda de cada parceiro seja escura.

No início da partida, as peças devem ser colocadas no tabuleiro sobre as casas escuras, da seguinte forma: nas três primeiras filas horizontais, as peças brancas; e, nas três últimas, as peças pretas.

A peça movimenta-se em diagonal, sobre as casas escuras, para a frente, e uma casa de cada vez.

A peça pode capturar a peça do adversário movendo-se para frente é permitido também capturar a peça do adversário movendo-se para trás.

A peça que atingir a oitava casa adversária, parando ali, será promovida a “dama”, peça de movimentos mais amplos que a simples peça. Assinala-se a dama sobrepondo, à pedra promovida, outra da mesma cor.

A dama pode mover-se para trás e para frente em diagonal quantas casas quiser, diferente das outras peças, que movimentam-se apenas para frente em diagonal. A dama pode também tomar outra peça pela frente ou por trás em diagonal.

Quando na casa contígua a uma peça houver uma peça adversária, com uma casa imediata vaga, na mesma diagonal, a peça toma-la-á passando para a citada casa vaga. Assim, a peça toma para a frente e para trás, sendo este o único movimento retrógrado da peça. Se após a tomada de uma peça, a circunstância se repetir, a peça continuará a tomada no mesmo lance, chamando-se a este movimento tomada em cadeia.

Um exemplo de um tabuleiro de Jogo de Damas.

Se, nas diagonais da casa de partida da dama, houver uma peça adversária cuja casa imediata esteja vaga, a dama toma-la-á passando para qualquer casa vaga após a peça tomada. A dama também toma em cadeia.

A tomada é obrigatória. A peça e a dama têm o mesmo valor para tomar ou ser tomada. Se, no mesmo lance, se apresentar mais de um modo de tomar, é obrigatório executar o lance que tome o maior número de peças (lei da maioria).

A peça que toma poderá passar mais que uma vez pela mesma casa vazia, porém não poderá tomar qualquer peça mais de uma vez. Não será promovida a peça que, numa tomada em cadeia, apenas passe pela oitava casa adversária. As peças tomadas só deverão ser retiradas do tabuleiro depois de completo o lance.

As brancas têm sempre a saída, isto é, o primeiro lance da partida. Determina-se por sorteio ou convenção, para a primeira partida; nas seguintes, as brancas cabem alternadamente aos dois parceiros.

O lance é executado quando se leva diretamente à nova casa a peça tocada; a peça deve ser imediatamente solta.

O lance está completo quando a mão do jogador tiver largado a peça, ao movê-la de uma casa para outra.

Se o jogador, a quem cabe efectuar o lance, tocar:

  • uma de suas peças, deverá jogá-la; e,
  • várias de suas peças, o adversário terá o direito de designar qual a peça, dentre as tocadas, que deverá ser jogada.

Nota: se nenhuma dessas peças puder ser jogada legalmente, não haverá penalidade, entretanto, a reincidência é passível de punição.

A partida termina empatada quando:

  • os dois parceiros concordarem com o empate;
  • a partir de qualquer ponto da partida, ocorrer 20 lances sucessivos de Damas, sem tomada ou deslocamento de pedra;
  • uma mesma posição se produzir pela terceira vez, cabendo ao mesmo jogador o lance, deverá o interessado reclamar o empate, antes que a posição se modifique (esta regra só vale se a partida estiver sendo anotada em uma planilha); e,
  • na luta de três damas contra uma, o lado maior não conseguir obter vitória em vinte lances.

O jogo de damas, difundido que foi por todo o mundo, acabou por receber alterações, dependendo da região em que é jogado. Também foram feitas modificações nas regras, visando dinamizar o jogo.

Futebol

Feminino e Masculino até 19 anos

 

Esporte mais popular do mundo, o Futebol tem suas origens na China da Antiguidade – segundo historiadores, o “jogo” disputado à época tinha como bola os crânios dos adversários superados pelos exércitos. Com o passar dos anos, a prática de colocar dois grupos como rivais e uma bola em campo foi se espalhando pelo Oriente, a Grécia Antiga e o Império Romano.

Mas as origens do futebol moderno estão na Inglaterra. Segundo relatos históricos, no ano de 1175 habitantes de cidades inglesas chutavam uma bola de couro, simbolizando as cabeças dos inimigos, para simbolizar a expulsão dos invasores nórdicos. Os participantes tinham de levá-la por um percurso de até dois quilômetros, por entre as ruas da cidade. A prática, no entanto, foi abolida ao longo dos quatro séculos posteriores.

No começo do Século XIX, o esporte foi adotado como atividade física por três escolas da elite inglesa, e ganhou popularidade. Diante disso, era necessária a uniformização das regras, pois tocar a bola com as mãos e os pés era permitido em alguns lugares. Foi a partir daí que o Futebol começou a se diferenciar do Rugby.

Em 1863, nasceu a Football Association, para estabelecer regras que permitissem a disputa de campeonatos em todo o mundo. Oito anos depois, surgiu a primeira competição de Futebol do planeta, a FA Cup – que existe até hoje.

O profissionalismo foi implantado em 1885 e a Inglaterra, então uma potência mundial, ajudou o esporte a se espalhar pelo mundo. O Brasil acabou entre os beneficiados, com a chegada de Charles Müller a Santos em 1894, para tornar o esporte o mais popular no país.

Em 1904, nasceu a Federação Internacional de Futebol (FIFA), única entidade autorizada a organizar torneios internacionais, sempre com base nas regras da Football Association. A primeira competição entre seleções seria em 1906, mas acabou não acontecendo.

A primeira aparição do Futebol no programa olímpico foi na edição de 1900, em Paris, como esporte de exibição e com clubes representando cada país. A entrada em definitivo aconteceu apenas em 1908, quando os Jogos foram disputados em Londres, com a chancela da Fifa.

O único ano em que não houve competição foi em 1932, em Los Angeles, por divergências entre a entidade e o Comitê Olímpico Internacional (COI) na questão de os jogadores serem amadores ou não. A entrada das mulheres no programa ocorreu no ano de 1996, em Atlanta.

O torneio olímpico de futebol masculino é disputado por jogadores até 23 anos, com a exceção de três sem limite de idade em cada equipe. No feminino, não há nenhuma restrição.

A disputa conta com uma primeira fase, em que os participantes (16 no masculino e 12 no feminino) são distribuídos em grupos de quatro seleções cada. Todos os países se enfrentam, e os dois melhores de cada chave avançam à etapa eliminatória – no feminino, os seis classificados ganham a companhia dos dois melhores terceiros colocados.

Em caso de empate nas partidas do mata-mata, são disputadas duas prorrogações de 15 minutos cada. Se a igualdade persistir, acontecem pênaltis. As melhores seleções de cada lado da chave se enfrentam pelo ouro, e os perdedores das semifinais disputam o bronze.

Futsal

Feminino e Masculino até 19 anos

 

Futebol de salão (também referido pelo acrônimo futsal) é o futebol adaptado para prática em uma quadra esportiva por times de apenas 5 jogadores. As equipes, tal como no futebol, têm como objetivo colocar a bola na meta adversária, definida por dois postes verticais limitados pela altura por uma trave horizontal. Quando tal objetivo é alcançado, diz-se que um gol foi marcado, e um ponto é adicionado à equipe que o atingiu. O goleiro, último jogador responsável por evitar o gol, é o único autorizado a segurar a bola com as mãos. A partida é ganha pela equipe que marcar o maior número de gols em 40 minutos divididos em dois tempos.

Devido às proporções da área de jogo, o menor número de jogadores e a facilidade em que se pode jogar uma partida, o futsal já é considerado por muitos como o esporte mais praticado do Brasil, superando o futebol que ainda assim é o mais popular.

Desde a sua criação até à atualidade existiram diversas variantes da modalidade assim como diversas designações, cujas regras divergem em alguns pontos. Sensivelmente desde a década de 1990 que a variante da modalidade com maior dimensão e mediatismo é designada de Futsal e é disputada segundo as leis e égide da FIFA, enquanto que a modalidade disputada segundo as leis da Associação Mundial de Futsal (AMF) é designada de Futebol de salão. Existe ainda uma terceira variante da modalidade designada de Showbol (também conhecida como Futebol Indoor sendo das 3, a que tem menor divulgação mundial.

Ginástica Artística

Feminino até 14 anos e Livre e Masculino até 16 anos e Livre

 

Um dos esportes olímpicos mais antigos, a Ginástica está presente nos Jogos desde a época da Antiguidade, quando as provas incluíam lutas e até duelos com touros. Como os homens competiam nus, as mulheres não só eram proibidas de competir, mas também de assistir.

A disciplina cresceu na Alemanha durante o Século XIX, como proposta de condicionamento físico e treinamento militar. Espaços para a prática da Ginástica começavam a surgir em todo o continente europeu e fora dele – muito pelo fato de o esporte ter sido proibido em território alemão, e acabar se espalhando.

Com isso, duas escolas surgiram ao mesmo tempo: a sueca, baseada em exercícios livres em grupo, e a Alemã, que utilizava aparelhos. Em 1881, foi fundada a Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês), e anos depois o esporte já estava incluído no programa dos primeiros Jogos da Era Moderna, em 1896, apenas com disputas masculinas.

Desde a estreia no programa olímpico, em 1896, e ao longo dos anos 20, a Ginástica Artística foi evoluindo: os aparelhos individuais e as competições por equipes para os homens entraram nos Jogos de 1924, em Paris, e as mulheres puderam participar em 1928, em Amsterdã, em uma disputa por times. Os eventos com uso de aparelhos para as mulheres só entraram em 1952, na edição de Helsinque, na Finlândia.

O programa da Ginástica Artística nos Jogos Olímpicos inclui eventos de solo, salto, barras fixas, barras paralelas, cavalo com alças e argolas. Já as mulheres competem no solo, salto, barras assimétricas e trave de equilíbrio. As medalhas são distribuídas em provas individuais, em que o participante compete em todos os aparelhos, por equipes e para cada aparelho.

A primeira etapa da competição é a classificatória, em que todos os ginastas competem. Os oito países com melhor desempenho entre seus atletas avançam à final por equipes, em que três participantes passam novamente por todos os aparelhos. A soma final é que determina o pódio desta disputa.

Já os 24 melhores participantes na competição geral (máximo de dois por país) avançam à final individual, em que os ginastas competem em todos os aparelhos. Além disso, os oito melhores se garantem na decisão de cada aparelhagem.

A pontuação é dada por um júri com nove juízes, que avalia o grau de dificuldade e a qualidade dos movimentos executados em cada evento. Falhas representam a perda de pontos no desempenho final.

Ginástica Rítmica

Feminino até 14 anos

 

As primeiras demonstrações de Ginástica Rítmica vieram dos exercícios da Ginástica em grupo, que tinham algumas coreografias. Outras influências são as danças clássicas, como o balé, e as escolas de Ginástica sueca, baseada em rotinas livres, e alemã, com o uso de aparelhos para ganhar condicionamento físico.

Por volta da década de 20, a disciplina já era disputada competitivamente na extinta União Soviética, ganhando popularidade nas escolas. No ano de 1942, o país sediou um torneio nacional, e pouco a pouco o esporte cresceu pelo mundo.

Entretanto, a Ginástica Rítmica teve de esperar quase duas décadas mais para ser reconhecida oficialmente por sua federação internacional. Em 1961, o esporte se tornou mais uma disciplina da entidade, juntando-se à Ginástica Artística masculina e feminina. Três anos depois, foi realizado o primeiro Mundial, em Budapeste, na Hungria.

A primeira demonstração olímpica aconteceu nos Jogos de 1956, em Melbourne. Na Austrália, exercícios com corda foram incluídos no programa da Ginástica Artística. Pouco a pouco, as rotinas com objetos nas mãos passaram à Ginástica Rítmica.

A disciplina só entrou no programa olímpico na edição de 1984, em Los Angeles, com disputas individuais. Apesar de ter como berço o Leste Europeu, seus representantes não participaram devido ao boicote feito pelos países da região. O evento por equipes começou apenas nos Jogos de 1996, em Atlanta.

A Ginástica Rítmica é uma combinação de movimentos e dança. No torneio individual, cada participante faz uma apresentação, em uma área de 13 x 13m, com um dos cinco elementos: corda, bola, arco, fita e maças. Entretanto, segundo regras da Federação Internacional de Ginástica (FIG, em francês), apenas quatro elementos são utilizados a cada ciclo olímpico – de 2011 a 2016, por exemplo, apenas a corda ficará de fora.

O mesmo acontece nas provas por equipes, que contam com cinco ginastas cada. Cada time faz duas rotinas – em 2012, de acordo com a FIG, será uma com cinco bolas, e outra com três fitas e dois arcos.

Na disputa olímpica, a competição individual tem duas fases: a classificatória e as finais. Cada ginasta faz uma performance com um elemento, e as dez melhores avançam à decisão, na qual se reapresentam novamente, desta vez com todos. A participante que somar o melhor desempenho fica com o ouro.

Já a fase classificatória por grupos começa com a apresentação usando cinco bolas. Na seguinte, são utilizadas fitas e os arcos. As notas das duas rotinas são somadas, e os oito melhores times passam à disputa pelo pódio, na qual terão de se apresentar mais duas vezes.

Três júris, cada um com quatro juízes cada, avaliam a apresentação nas seguintes categorias: dificuldade, execução e plasticidade. Durante as rotinas, os elementos e as ginastas devem estar em movimento constante.

Handebol

Feminino e Masculino até 19 anos

 

É difícil identificar um esporte que tenha servido de base para o Handebol: a disciplina é derivada de uma série de jogos de equipe, nos quais a bola passava de mão em mão até chegar ao gol rival, em gramados e com 11 jogadores de cada lado. Os mais próximos eram o Raftball, surgido na Alemanha na década de 1890, e o Torball, disputado por operárias de fábricas de Berlim durante a Primeira Guerra Mundial como uma alternativa ao Futebol.

No fim da década de 1910, o Handebol nasceu graças aos esforços dos professores alemães Max Heiser e Karl Schelenz, que formularam as regras para mulheres e homens, respectivamente. O prestígio de Schelenz levou a disciplina a se espalhar rapidamente pela Europa, por meio de seus alunos. Em 1946, surgia a Federação Internacional de Handebol (IHF).

Entretanto, os constantes problemas com nevascas e a dificuldade de dividir os gramados com os jogos de Futebol levaram o esporte a ginásios fechados em países como a Suécia. Outra mudança importante com este novo formato foi a diminuição das equipes, que caíram de 11 para sete jogadores em cada lado.

Apesar das mudanças, o Handebol fez sua primeira aparição nos Jogos de 1936, em Berlim, no evento de campo, com 11 jogadores por equipe. A disciplina só voltou na edição de 1952, em Helsinque, como esporte de demonstração. Ao mesmo tempo, ginásios lotavam em países da Escandinávia para acompanhar partidas no formato mais compacto.

A disciplina só retornaria de vez ao programa olímpico nos Jogos de 1972, em Munique, já no formato em quadra fechada e com menos participantes por equipe, que conquistou de vez o público. As competições para mulheres só começaram a ser disputadas na edição de 1976, em Montreal, no Canadá.

A quadra de Handebol mede 40 x 20 metros, e os gols têm 3 x 2m. Cada um dos gols é cercado por uma área de 6m, em que só os goleiros podem ficar. Para fazer gols, os jogadores de linha têm de arremessar a bola de trás desta marcação, ou pulando sobre ela.

É permitido usar mãos e braços para passar a bola, mas ela nunca pode tocar abaixo do joelho. Uma vez de posse dela, o jogador pode segurá-la por até três segundos e dar três passos – o seguinte terá de ser um novo passe ou arremesso a gol.

A bola, de couro sintético, possui uma circunferência de entre 58 e 60 centímetros na disputa masculina, e entre 54 e 56 cm na feminina. As partidas têm duração de dois tempos de 30 minutos cada – por ser um jogo dinâmico, é comum que os placares sejam altos. A equipe que fizer mais gols é a vencedora.

Nos Jogos Olímpicos, o formato de disputa para homens e mulheres é o mesmo: os 12 países participantes de cada evento são divididos em dois grupos de seis, com todos se enfrentando dentro das chaves. Os quatro melhores avançam à próxima etapa, que é eliminatória, e os melhores de cada lado disputam o ouro. Já os perdedores das semifinais brigam pelo bronze.

Na fase eliminatória, as partidas que terminaram empatadas no tempo normal terão mais uma prorrogação, com dois tempos de cinco minutos. Caso a igualdade persista, um novo período é disputado. Se ainda assim não houver um vencedor, acontece uma disputa de pênaltis de sete metros, com cinco tentativas por time e eliminação direta até que saia um ganhador.

 

Judô

Feminino e Masculino até 19 anos

 

O Judô é uma arte marcial com origem no Japão, por volta de 1880. O seu criador foi Jigoro Kano, que combinou diversos movimentos de outros estilos e escreveu as regras a partir do Jujitsu, arte de ataque e defesa usando o próprio corpo, eliminando as partes perigosas.

Apesar de a primeira escola de Judô ter surgido em 1882, fundada pelo próprio Kano, a federação internacional do esporte foi criada apenas em 1951. A entrada nos Jogos Olímpicos aconteceu em 1964, na edição de Tóquio – capital japonesa.

O esporte, no entanto, ficou fora do programa dos Jogos de 1968, na Cidade do México. O retorno, em definitivo, foi na edição de 1972, em Munique. As mulheres só passaram a competir em no ano de 1992, em Barcelona.

Atualmente há sete categorias de peso no masculino – até 60 kg, até 66 kg, até 73 kg, até 81 kg, até 90 kg, até 100 kg e mais de 100 kg, e igual número no feminino, distinguidas por peso – até 48 kg, até 52 kg, até 57 kg, até 63 kg, até 70 kg, até 78 kg e mais de 78 kg. Para os homens havia a categoria absoluto (sem distinção de peso corporal), mas esta foi retirada depois dos Jogos de 1984, em Los Angeles.

Com duração de até cinco minutos, as lutas acontecem sobre tatames sintéticos, e o objetivo é projetar o adversário de costas no solo, finalizar com chave de braço ou estrangulamento ou imobilizar o oponente no solo.

A luta pode acabar a qualquer momento caso um dos judocas consiga um ippon, que pode ser conseguido com uma projeção do adversário de costas sobre o solo, com força e velocidade, finalização por chave de braço ou estrangulamento, ou imobilização no solo por 25 segundos.

Se o oponente cai no tatame amplamente de costas, mas sem velocidade ou força, ou há uma imobilização de 20 a 24 segundos, é aplicado um waza-ari – dois deles equivalem a um ippon.

Outra forma de pontuação, de menor valor, é o yuko, que acontece quando um competidor é projetado e cai com a parte lateral do corpo, ou no caso de uma imobilização de 15 a 19 segundos.

As penalizações podem ser atribuídas por falta de combatividade, postura muito defensiva ou falso ataque. Na primeira ocorrência o competidor é advertido e, a partir daí ao oponente é consignado um yuko, um wazari e um ippon, respectivamente para a segunda, terceira e quarta vez que o atleta cometer uma falta. Um judoca também pode ser desclassificado imediatamente caso coloque em risco a integridade física do adversário.

Caso a luta termine com um empate, eles fazem o chamado “Golden Score”, uma disputa de mais três minutos na qual quem pontuar primeiro leva o combate. Se o placar de pontos e penalidades de ambos seguir igual, a decisão fica por conta dos árbitros.

Na competição, os participantes de cada categoria são divididos em duas chaves. Os vencedores se encontram na final, enquanto os quatro derrotados nas quartas-de-final vão para duas disputas de repescagem. Os vencedores da repescagem enfrentam os perdedores das semifinais pelas duas medalhas de bronze.

 

Natação

Feminino e Masculino até 19 anos

 

Presente na civilização desde a Idade da Pedra, quando homens nadavam por rios e lagos atrás de alimento, a Natação só ganhou força como esporte no início do século XIX, quando aconteceram diversas competições na Inglaterra. A primeira técnica mais popular foi o nado de peito.

O esporte está presente nos Jogos desde primeira edição da Era Moderna, em 1896, na cidade de Atenas, na Grécia – entretanto, era disputado em águas abertas. As piscinas só começaram a ser utilizadas no ano de 1908, quando as regras do esporte foram oficializadas.

Os primeiros estilos foram o nado livre e o peito. O nado de costas entrou no programa olímpico em 1904, na cidade americana de Saint Louis, e o borboleta apenas em 1956, em Melbourne, na Austrália. Este último, inclusive, surgiu porque alguns desenvolveram uma técnica levantando os braços acima da água para ganhar velocidade nas provas de peito.

As mulheres começaram a disputar as provas de Natação no ano de 1912, quando os Jogos aconteceram em Estocolmo, na Suécia. Desde então, a disciplina tem sido presença constante no programa olímpico.

Na edição de 1996, em Atlanta, o programa de 17 eventos tornou-se quase igual para homens e mulheres, com um pequeno detalhe: a prova de longa distância feminina é de 800 metros, e a masculina, de 1.500 metros. Os Jogos de 2008, em Pequim, marcaram a estreia da Maratona Aquática, única competição da Natação em águas abertas.
A Natação é uma disciplina de velocidade, resistência e força. Vence quem superar os concorrentes no menor tempo possível. As provas são divididas pela distância (50, 100, 200, 400, 800 e 1.500m) e estilo (livre, costas, peito e borboleta). Além das disputas individuais, há os revezamentos, com equipes formadas por quatro nadadores cada. Os participantes usam óculos especiais, touca e trajes específicos, que reduzem a resistência da água.

A piscina tem 50 metros de largura, 25m de diâmetro e 3m de profundidade. Ela é dividida em dez raias, mas apenas oito são usadas. Cada prova tem eliminatórias, e os nadadores – ou equipes – com os oito melhores tempos vão à final.

 

Tênis

Feminino e Masculino até 19 anos

 

Existem muitas teorias sobre a origem do Tênis, mas o ponto de partida teria sido por volta do Século XI, quando monges jogavam uma bola de um lado para outro dentro dos monastérios. No final do Século XII e início do XIII, surgiu o Jeu de Paume (“Jogo da Palma”), na França, em que participantes usavam as mãos para rebater a bola em uma parede.

Ao longo dos anos, as mãos deram lugar a raquetes, uma área de jogo foi estabelecida e, entre outros jogos, apareceu o Real Tennis, muito popular entre membros da nobreza britânica e francesa. No final do Século XVIII, mais esportes de raquete surgiam pela Europa.

Mas o que realmente deu origem ao Tênis como conhecemos hoje foi o chamado Lawn Tennis, disputado na grama e até nos quintais de casas. O esporte dividia espaço com o Críquete na Inglaterra por volta do Século XIX, e até usou algumas de suas regras. Por volta de 1880, campeonatos eram disputados não só na Europa, mas nos Estados Unidos.

Com isso, o Tênis esteve presente no programa dos Jogos de 1896, os primeiros da Era Moderna, e mulheres competiram já nos de 1900, em Paris, ainda como Lawn Tennis. A criação da International Lawn Tennis Federation, em 1913, uniformizou as regras.

O esporte esteve presente até a edição de 1924, em Paris, e voltou como demonstração em 1968, na Cidade do México, e 1984, em Los Angeles. O sucesso do torneio-exibição na cidade americana foi tão grande que o Comitê Olímpico Internacional (COI) resolveu recolocar o esporte valendo medalhas no ano de 1988, em Seul.

Apesar de o Tênis começar a ser disputado em outros pisos, como o sintético e o saibro, o Lawn (grama) do nome da entidade só saiu em 1975, dando origem à Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês).

O esporte é disputado em simples e duplas masculinas e femininas, além de duplas mistas. Os participantes acertam a bola com a raquete em direção à área de jogo do adversário, por cima da rede, e ganham pontos se o rival não conseguir devolver.

No Tênis, as partidas são disputadas em sets, que têm games. Os primeiros três pontos do game são marcados por 15, 30 e 40, e o ponto seguinte fecha. Quem ganhar seis games primeiro, com dois games de diferença, leva o set. Se houver empate em 6 a 6, é disputado um desempate de sete pontos, contado normal, chamado de tie-break.

Os jogos acontecem em melhor de três sets – com exceção da final de simples masculina, que é em melhor de cinco. Nas duplas mistas, após empate em 1 a 1, haverá um match tie-break, de dez pontos.

O formato de disputa é similar aos dos torneios profissionais, com eliminação direta e os melhores de cada lado da chave disputando o ouro. Entretanto, há uma disputa de terceiro lugar, pelo bronze, entre os perdedores das semifinais, o que não acontece no circuito. Há 16 cabeças-de-chave nos torneios de simples, oito nos de duplas e quatro no de duplas mistas, decididos com base no ranking mundial.

 

Tênis de Mesa

Feminino e Masculino até 19 anos

 

O Tênis de Mesa surgiu por volta de 1880, na Inglaterra, como um jogo para depois do jantar nas famílias da classe alta, como alternativa ao Tênis de Grama. Os equipamentos eram improvisados: livros empilhados formavam a rede, a bola poderia ser a parte arredondada da rolha de uma garrafa de champagne, e tampas de caixas de charutos serviam como raquetes.

Em 1926, foi fundada a federação internacional de Tênis de Mesa, em Berlim, na Alemanha. O primeiro Mundial também aconteceu neste mesmo ano, em Londres.

A entrada do esporte no programa olímpico só aconteceu nos Jogos de 1988, em Seul, na Coreia do Sul, com eventos para homens e mulheres. Para a edição de 2008, em Pequim, as disputas em dupla foram substituídas pela de equipes, que se somaram às chaves individuais.

A dinâmica do Tênis de Mesa é muito parecida com a do Tênis, mas o esporte tem sistemas próprios de pontuação e serviço. As partidas são disputadas em games, que terminam em 11 pontos ou quando um dos participantes abre dois de vantagem caso haja empate em 10 a 10.

Enquanto no Tênis o serviço fica nas mãos do mesmo sacador por todo o game, no Tênis de Mesa o saque é alternado a cada dois pontos – quando o placar é de 10 a 10, troca a cada ponto disputado. Nas duplas, os jogadores revezam entre si não apenas no serviço, mas a cada rebatida na bola.

As partidas de simples são disputadas em melhor de sete games – quem vence quatro jogos ganha -, enquanto os eventos por equipes ,– com no máximo três participantes em cada time – têm quatro partidas de simples e uma de duplas, todas em melhor de cinco games. Quando um dos lados sai vencedor em três jogos, leva o confronto.

O sistema de disputa é eliminatório, com os vencedores de cada lado da chave disputando a medalha de ouro, e os perdedores das semifinais brigando pelo bronze. O posicionamento de cada participante nas chaves, seja na disputa individual ou por equipes, é definido por rankings.

 

Voleibol

Feminino e Masculino até 19 anos

 

O Voleibol surgiu no ano de 1895, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, por William Morgan, como uma alternativa de esporte às pessoas mais velhas, que não aguentariam o contato físico constante do basquete – que havia sido inventado alguns anos antes, no mesmo local. Seu primeiro nome foi Mintonette, mas acabou rebatizado por conta do movimento de volear, ou passar a bola para o outro lado.

Apenas cinco anos depois de ser criado, o esporte já tinha chegado ao Canadá, e pouco a pouco foi se espalhando por diversas partes do mundo. No entanto, as regras variavam de acordo com o lugar – em uma competição nas Filipinas, por exemplo, cada equipe chegou a ter 16 jogadores de cada lado.

Para solucionar a questão, em 1918 foram definidas algumas regras universais, como o número de atletas em cada lado da quadra, e que cada equipe só podia dar três toques na bola antes de ela cruzar a rede. Nos anos 30, a disciplina chegou ao Leste Europeu. Em 1933, a União Soviética realizou seu primeiro campeonato nacional, e na Tchecoslováquia surgia o bloqueio, uma inovação no esporte.

Em 1947, foi fundada a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), que terminou de uniformizar as regras definindo o mesmo tamanho da quadra, 9×18 metros, e da altura da rede para o jogo, de 2,43m para os homens e 2,24m para as mulheres. Dois anos depois, veio o primeiro Campeonato Mundial, em Roma.

O grande número de praticantes em todo o mundo era um grande apelo para que o Voleibol entrasse no programa olímpico. E isso aconteceu na edição de 1964, em Tóquio, com competições tanto para homens como para mulheres.

O objetivo é fazer com que a bola encoste no chão do lado do adversário. As partidas são disputadas em melhor de cinco sets. Os primeiros quatro sets vão até 25 pontos, ou com uma diferença de, no mínimo, dois pontos. Não existe pontuação máxima, portanto o set continua até a diferença ser alcançada. No quinto set, a regra é a mesma, mas o número de pontos a ser alcançado é 15.

Cada jogador tem o objetivo de atacar ou defender, dependendo de sua posição em quadra. A única exceção é o líbero, que pode substituir qualquer um da sua equipe a qualquer momento da partida e tem funções apenas defensivas. Seu uniforme é diferente dos demais.

O formato de disputa do Voleibol nos Jogos Olímpicos começa com os 12 participantes divididos em dois grupos, nos quais todos se enfrentam. Os quatro melhores de cada chave avançam à etapa eliminatória, na qual os melhores de cada lado da chave se enfrentam pelo ouro. Os perdedores das semifinais disputam a medalha de bronze.

 

Xadrez

Feminino e Masculino até 19 anos

 

Xadrez é um jogo de tabuleiro de natureza recreativa e competitiva para dois jogadores, sendo também conhecido como Xadrez Ocidental ou Xadrez Internacional para distingui-lo dos seus predecessores e de outras variantes da atualidade. A forma atual do jogo surgiu no Sudoeste da Europa na segunda metade do século XV, durante o Renascimento, depois de ter evoluído de suas antigas origens persas e indianas. O Xadrez pertence à mesma família do Xiangqi e do Shogi e, atualmente segundo os historiadores do enxadrismobr. (ou xadrezismo pt.), todos eles se originaram do Chaturanga, que se praticava na Índia no século VI d.C..

O xadrez é um dos jogos mais populares do mundo, sendo praticado por milhões de pessoas em torneios (amadores e profissionais), clubes, escolas, pela internet, por correspondência e informalmente. Há uma estimativa de cerca de 605 milhões de pessoas em todo o mundo que sabem jogar xadrez e destas, 7,5 milhões são filiadas a uma das federações nacionais que existem em 160 países em todo o mundo.

Características de arte e ciência são encontradas nas composições enxadrísticas e em sua teoria que abrange aberturas, meio-jogo e finais, as fases em que subdividem o transcorrer do jogo. Na terminologia enxadrística, os jogadores de xadrez são conhecidos como enxadristas. O xadrez, por ser um jogo de estratégia e tática, não envolve o elemento sorte. A única exceção, nesse caso, é o sorteio das cores no início do jogo, já que as brancas sempre fazem o primeiro movimento e teriam, em tese, uma pequena vantagem por isso . Essa teoria é suportada por um grande número de estatísticas, embora alguns especialistas não aceitem a existência de tal vantagem.

A partida de xadrez é disputada em um tabuleiro de casas claras e escuras, sendo que, no início, cada enxadrista controla dezesseis peças com diferentes formatos e características. O objetivo da partida é dar xeque-mate (também chamado de mate) no adversário. Teóricos do enxadrismo desenvolveram uma grande variedade de estratégias e táticas para se atingir este objetivo, muito embora, na prática, ele não seja um fato muito comum, já que os jogadores em grande desvantagem ou iminência de derrota têm a opção de abandonar (desistir) a partida, antes de receberem o mate.

As competições enxadrísticas oficiais tiveram início ainda no século XIX, sendo Wilhelm Steinitz considerado o primeiro campeão mundial de xadrez. Existe ainda o campeonato internacional por equipes realizado a cada dois anos, a Olimpíada de Xadrez. Desde o início do século XX, duas organizações de caráter mundial, a Federação Internacional de Xadrez e a Federação Internacional de Xadrez Postal vêm organizando eventos que congregam os melhores enxadristas do mundo. O atual campeão do mundo (2013) é o noruegues Magnus Carlsen e a campeã mundial (2013) é a chinesa Hou Yifan.

O enxadrismo foi reconhecido como esporte pelo Comitê Olímpico Internacional em 2001, tendo sua olimpíada específica e campeonatos mundiais em todas as suas categorias.

O Dia Internacional do Enxadrismo é comemorado todos os anos no dia 19 de novembro, data de nascimento de José Raúl Capablanca, considerado um dos maiores enxadristas de todos os tempos e o único hispano-americano a se sagrar campeão mundial. No Brasil, o I Congresso Brasileiro de Cultura e Xadrez instituiu o dia 17 de agosto como o Dia Nacional do Livro de Xadrez.